Zé Pelintra é um dos personagens mais interessantes do extenso quadro de Entidades espirituais que se manifestam na Umbanda. Contam-se histórias mirabolantes sobre essa Entidade e a que parece ser a mais próxima da realidade humana que ele tivera afirma que se chamava José Gomes da Silva, era oriundo do interior pernambucano, boêmio, jogador totalmente ligado às mulheres. Brigador de primeira, não entrava numa para não vencer. Suas escaramuças com a polícia eram conhecidas, principalmente, porque mesmo enfrentando mais de dez homens, saía sempre vencedor. Apesar de jogador inveterado não gostava de ganhar dos incautos, a esses assustava e os mandava de volta para suas casas e famílias. Aos "expertos" sim, gostava de "limpá-los". Primeiro os enganava, perdendo, inicialmente de forma astuciosa, nos dados ou nas cartas, para depois, aproveitando-se dos ânimos inflamados dos "ganhadores", virava o jogo. Às mulheres dedicava intensa paixão, nas apesar de seus envolvimentos amorosos não ser o que se pode chamar de fiéis, contam que morreu em função de uma grande paixão. Bebedor inveterado, mas, ainda que bebesse muito, controlava muito bem tudo o que ocorria à sua volta. Existem algumas histórias pessoais sobre Zé Pelintra, mas sabemos que as Entidades de Umbanda representam, além de um ser específico, representa também o personagem central que aquela Entidade significa. Isso quer dizer que não é somente José Gomes da Silva que transformou-se no famoso Zé Pelintra, mas qualquer um que tivesse tido aquelas mesmas características. Zé Pelintra se manifesta não só no Brasil, até no EUA já se ouviu falar de sua existência. No Rio de Janeiro, em muitas casas de Umbanda, encontra-se a figura alegre, expansiva e representativa do malandro bonachão. Dizem que ele vivia na Lapa, o bairro carioca mais boêmio que se conhece. Gosta de cigarros, cerveja, whiskie, vermuth e gosta muito de lenços ou camisas na cor vermelha embora use outras cores também. Adora um chapéu Panamá. Muitos se vestem com o famoso terno de linho branco, chapéu e gravata vermelha das imagens. Ah! E as camisas devem ser de seda porque os protegem do fio da navalha, arma característica da malandragem de épocas passadas.
Ele é boêmio e malandro, mas é uma das Entidades mais sérias da Umbanda. Tem sempre uma palavra amiga, uma ajuda, um trabalho de caridade. Todos que o conhecem sabem que podem confiar nele. No Nordeste manifesta-se no Culto à Jurema, ou Catimbó, onde é considerado Mestre e muito respeitado, tanto que é comum ser chamado para participar de batismos e até casamentos. No Catimbó, Zé Pelintra têm características mais regionais. Fuma cachimbo, bebe cachaça misturada com mel e usa bengala o que lhe dá um ar muito mais grave.
Zé Pelintra é uma das Entidades mais ecléticas da Umbanda e para alguns é considerado um Exu, embora ele próprio, diversas vezes, negue essa condição.
Salve a Malandragem,
Salve seu Zé Pelintra.
Texto: Robson Nogueira - Solo
Ele é boêmio e malandro, mas é uma das Entidades mais sérias da Umbanda. Tem sempre uma palavra amiga, uma ajuda, um trabalho de caridade. Todos que o conhecem sabem que podem confiar nele. No Nordeste manifesta-se no Culto à Jurema, ou Catimbó, onde é considerado Mestre e muito respeitado, tanto que é comum ser chamado para participar de batismos e até casamentos. No Catimbó, Zé Pelintra têm características mais regionais. Fuma cachimbo, bebe cachaça misturada com mel e usa bengala o que lhe dá um ar muito mais grave.
Zé Pelintra é uma das Entidades mais ecléticas da Umbanda e para alguns é considerado um Exu, embora ele próprio, diversas vezes, negue essa condição.
Salve a Malandragem,
Salve seu Zé Pelintra.
No Catimbó de Zé Pilintra - Trabalho de Zé Pilintra
Texto: Robson Nogueira - Solo
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